quarta-feira, 19 de abril de 2017

O MANEJO NO TDAH
A maioria das consultas no início e final de ano são os frequentes "sem concentração". O que observo é que tanto pais quanto professores estão despreparados para a educação e p ensino dessa nova geração "turbinada" que já nasce com um pen drive na mão, que acessam celulares com - 2 anos; a quem os pais dão tablets aos 4 anos pq é só onde ela pára.Eles já mexem por que já têm em sua memória o que é, pra que serve. Eles já conhecem!!!
Não se pode esquecer que as novas gerações já tem uma maior evolução espiritual mas tb são extremamente sensíveis ao meio ambiente. Pela sutileza desses espíritos, eles são ao mesmo tempo mais poderosos (telecinesia, cura, sensitividade, etc) e extremamente frágeis. São mentes enormes presas a um corpinho pequeno e limitado, por isso 99 % das crianças "é braba desde bebê". Isso as torna mais habilidosas para mexer com materiais de informática mas ao mesmo tempo faz com que nosso orgulho por ter um filho alfabetizado aos 3 anos lhes roube a infância, fase tão importante em nossas vidas, onde nossa psique é formada. Uma criança de 3 anos não precisa de um tablet; precisa brincar na chuva, na areia, ser CRIANÇA. se sujar, correr..
Quando a escola chama, as reações são diversas:
-alguns pais culpam a escola;
-alguns pais vêm à consulta morrendo de medo de que o médico prescreva ritalina pq é faixa preta;
-alguns buscam o consultório pra um calmantezinho, etc.
As professoras, por sua vez, com classes lotadas e muitas vezes sem orientação ou suporte, insistem na troca de escola, rotulam a criança ou mandam pro médico dar um calmantezinho
Volto a atentar pais e professores: a hiperatividade b não pode ser diagnosticada por um questijnário que o Dr. Drauzio deu no fantástico; ou por que os pais chegam em casa cansados e "o guri não para", pode ser sinal de distúrbios da conduta familiar, escolar, até mesmo de uma depressão. Crianças infelizmente (atualmente, creio) têm depressão.
Por favor, não se assustem com o diagnóstico de hiperatividade. Não significa "problema na cabeça". Qdo corretamente diagnosticado e precocemente tratado, podem-se evitar insatisfações futuras, baixa auto estima e até evitar o uso de drogas. A famosa ritalina, como antigamente se falava tão mal do gardenal, não vicia e tb não faz ninguém mais inteligente (alerta aos pais que tentam tomar a ritalina dos filhos pra ficar acordados e render mais) A criança deve ter um histórico compatível, acima de certa idade, um bom exame físico e exames complementares qdo necessário, além de uma severa avaliação das funções corticais (memória, concentração, organização, etc),; se necessária uma boa testagem psicológica e-ou psicopedagópgica. Os pais não devem temer a famosa receita faixa preta por que cabe a eles comprar ou não a medicação. E os professores não devem (na medida do possível) se sentir aliviados com o diagnóstico e usar expressões como: :é outra criança, mudou da água pro vinho, etc.
Tenho fé nas pessoas, talvez por ser da geração dos anos 60 mas principalmente pelo amor que tenho pelas crianças e pela fé na nova geração que vemos está mudando o mundo (para melhor, eu creio)